terça-feira, 21 de abril de 2015

Adubaçao de Plantio e Cobertura


A técnica de adubar via água, denominada fertirrigação é bastante utilizada entre os olericultores. Além de fornecer a adubação no momento certo e na dose certa, pode ainda economizar mão de obra e tornar mais eficiente a adubação. Os principais adubos usados em fertirrigações (FONTES, 1999).
O tomateiro se desenvolve bem com uma Condutividade Elétrica (CE) no solo de 2,0 – 4,0 Ds/m (DeciSiemens/metro). Considerada Levemente sensível. Portanto as adubaçoes devem ser feitas de forma parcelada (FONTES, 1999).
De acordo com a disponibilidade dos nutrientes P e K (Fósforo e Potássio, respectivamente). O tomateiro exige as doses segundo a tabela abaixo (FONTES, 1999). A interpretação da análise de solo, neste trabalho, mostrou disponibilidade média de P e K. Portanto, as doses foram estabelecidas como 800 e 60 Kg/ha de P e K, respectivamente. Além do fornecimento de 60 kg/ha de N, também no plantio.
Para a adubação de cobertura a tabela abaixo apresenta as doses realizadas em cada semana de desenvolvimento das mudas (FONTES, 1999). As doses serão 240, 200 e 240 kg/há de N, P e K, respectivamente. Entretanto, a dose de P foi totalmente aplicada no plantio.

Adubação de Plantio

As doses correspondentes à área cultivada de 48 m² de cada adubo foram.
Ureia = (60x45/0,44)/10000 = 0,62 kg
Super Simples = (1000x45/0,19)/10000 = 23,7 Kg
Cloreto de Potássio = (60x45/0,60)/10000 = 0,45 kg
Ácido Bórico = (1x45/0,11)/10000 = 0,05 kg

O Super Simples forneceu uma dose de Cálcio e Enxofre, correspondente à:

Cálcio = (1000x0,2)= 200 kg/ha de Cálcio
Enxofre = (1000x0,2)= 200 kg/ha de Enxofre
Portando a demanda de cálcio e Enxofre já foi atendida.

Adubação de Cobertura

As doses correspondentes à área cultivada de 48 m² de cada adubo foram.

Ureia = (240x45/0,44)/10000 = 2,48 kg
Cloreto de Potássio = (240x45/0,60)/10000 = 1,80 kg

Como o parcelamento será feito em doses iguais em 12 vezes. Em cada aplicação será fornecido 150 g de Cloreto de Potássio e 206 g de Ureia.

FONTES, P. C. R. Sugestões de Adubação para Hortaliças. In: RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; V., V. H. A. (Eds.). . Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5o. ed. Viçosa: Editora UFV, 1999. p. 359.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Sistema de Irrigação


O sistema de irrigação escolhido para ser utilizado nas estufas foi por gotejamento, que apresenta como vantagens a alta uniformidade, baixa pressão requerida e facilidade de operação. A desvantagem é seu alto custo e ocasionais entupimentos no sistema.


A mangueira utilizada é da marca ____ e custa cerca de R$___ o metro, com os orifícios espaçados 30 cm uns dos outros. Um controle de registros possibilita que cada cultura seja irrigada separadamente, incluindo a fertirrigação.


  A água utilizada desce do depósito para a caixa d’água por gravidade, onde é possível ligar e desligar o sistema. Foi adicionado um tambor onde é possível realizar a fertirrigação individual, fechando o registro das outras culturas. Após a fertirrigação é necessário a lavagem do sistema para garantir o bom funcionamento e a durabilidade do mesmo.

Produção de Mudas


O semeio foi realizado dia 23/02/2015 em bandejas de poliestireno expandido (isopor) de 128 células, sendo uma semente por célula. O substrato utilizado foi o Topstrato HT (empresa VIDA VERDE) enriquecido com 400 g de super simples para cada 25 kg de substrato. O super simples possui 19% de Fósforo (P2O5), nutriente que favorecer o melhor enraizamento das mudas. O Topstrato HT, descrito na tabela abaixo, pode ser usado para produção de mudas de folhosas e de frutos.
Garantias do Topstrato HT utilizado
Umidade**
(% p/p)
CRA*
(% p/p)
Densidade base seca
kg/m³
Densidade**
base úmida
kg/m³
pH
CE (mS/cm)
Proporção água:substrato
Proporção água:substrato
1,5:1
5:1***
1,5:1
5:1***
60
130
200
500
5,8 (±) 0,3
5,8 (±) 0,3
2,0 (±) 0,3
0,5 (±) 0,3
*CRA = CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA. ** De acordo com a metodologia da IN 17/2007 do MAPA. *** Proporção de água destilada adicionada por volume de substrato para determinação do pH e Condutividade Elétrica (CE). NATUREZA FÍSICA: SÓLIDO (SEM ESPECIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA).

Pode ser usado também o substrato Golden Mix Granulado (empresa AMAFIBRA) constituído de fibra de coco, porém este deve ser bem lavado para eliminar o excesso de sal. A nutrição das mudas, obrigatoriamente, deve ser feita pois a fibra de coco é muito pobre nutricionalmente. Além deste, no mercando tem-se os substratos Dacko, Macplant, Biorganic, Carolina, Biogrow, entre outros. Cabe o produtor junto com o responsável técnico escolher o melhor.
Caso o produtor não deseja ficar refém dos substratos comercias, pode ser usado materiais da própria fazenda, como húmus e composto orgânico. Entretanto, estes materiais devem estar bem curtidos para não fermentar quando for umedecido e causar a morte das sementes.
A mudas se desenvolveram em um viveiro com cobertura plástica. Sistema de irrigação era automático e as irrigações eram realizadas 3 vezes por dia. Os emissores do sistema era microaspersores.
No dia 11/03/2015, foi realizado a fertirrigação das mudas. Foi diluído 1 (uma) “tampa de garrafa pet” do fertilizante Ureia e 1 (uma) de Cloreto de Potássio em 2 (dois) litros de água. Cada dois litros desta solução fertirriga 7 a 8 bandejas de 128 células. A distribuição é feita com uma garrafa pet adaptada (figura abaixo), ou seja, tem se um microtúbulo conectado a tampa que aplica a solução diretamente no substrato, em haver contato com as folhas, o que iria causar fitotoxidez (queima da folha). Este método é bastante prático e produz mudas satisfatórias, quando se tem pequena escala. É recomendado que o intervalo para a aplicação da solução seja a cada uma semana, a partir da emergência. Já para produção de grandes quantidades de mudas, recomenda-se usar uma solução nutritiva balanceada, contendo todos os nutrientes.


Na foto abaixo pode-se perceber a diferença entre as mudas que recebeu (bandeja direita) e as mudas que não recebeu a fertirrigação (bandeja esquerda). As mudas que foram fertirrigadas tem maior area foliar e com isso terá maior vigor no momento do transplantio. 

As mudas ficam entorno de 30 dias no viveiro, atingindo de 4 a 6 folhas verdadeiras. A porcentagem de germinação foi de 82,03% para o Mascot; 93,75% para o Dominador e 100,00% para o Sophia.

Cultivares


Mascot
 
O cultivar híbrido Mascot pertence à empresa TOP SEED (Figura 2), do grupo COCKTAIL, de hábito indeterminado. Trata-se do tomate “Grape”, este tomate vem conquistando os mercados em todo o país por seus frutos de coloração vermelho intenso e adocicados, diferentes dos tradicionais tomates cerejas que são conhecidos por serem mais azedos.
O Mascot também apresenta outras vantagens, que atendem às necessidades dos produtores como frutos uniformes e firmes (com menos água), formato que valoriza a decoração de pratos e saladas, elevada produtividade. O período de colheita é de, aproximadamente, 2,5 meses e a produção esperada é de 9,5 kg/planta. Essas características fazem da variedade uma opção lucrativa e muito saborosa. Este híbrido possui resistência à Fol, TMV e Vd.
O ciclo do híbrido é de 100 dias, e as plantas são bem vigorosas com menor brotação lateral. Este cultivar é produzido geralmente em ambiente protegido com alto uso de tecnologia. Neste ambiente os insetos polinizadores estão ausentes. Portanto, a resposta à polinização é bastante expressiva, podendo fazer uso técnicas de vibração de flores, que podem ser feitas manualmente, de planta a planta, ou com o uso de sopradores de ar, duas vezes ao dia, no período da manhã e à tarde na fase de florescimento.
O efeito da vibração auxilia na liberação de pólen e, consequentemente, na sua maior disponibilidade para produção de sementes, especialmente durante o inverno, quando a velocidade do desenvolvimento do pólen para fecundação desacelera com temperaturas inferiores a 10ºC. O manejo pode garantir a uniformidade e qualidade dos frutos independente da época, além de diminuir as oscilações de produtividade e o produtor pode garantir sua oferta.

Dominador

Este cultivar híbrido de tomate pertence à empresa TOPSEED (Figura 3), do grupo CAQUI, indeterminado. Os frutos são firmes e com bom padrão em todo o ciclo. Coloração vermelha intensa. Permite alta produção em regiões infestadas com Geminivírus (TYLCV). Apresenta ótima pós-colheita e alta sanidade no período da chuva. Hábito de crescimento indeterminado, alto vigor e bom enfolhamento até o ponteiro. Tamanho médio de 7 x 9 cm (altura x diâmetro), peso médio de 230 g e ciclo médio de 120 dias. O Dominador é uma das variedades mais tolerantes às doenças foliares e rachaduras de frutos, no período chuvoso. Em condições de alta pressão de mosca branca, ele possui uma das mais altas resistências ao TYLCV (Geminivírus) do mercado.
O alto rendimento de colheita, cerca de 380 cx/mil pés, e firmeza de frutos, contribuem para a segurança no transporte e comercialização do produto para longas distâncias. A TOPSEED oferece uma curva de absorção de nutrientes, que permite um melhor posicionamento e aproveitamento dos nutrientes na fase e quantidade adequada para a planta. Resistencia à Fol: 0,1; For; Mi; Mj; ToMV; TYLCV; Va e Vd.

 Sophia

 Este cultivar de tomate pertence à empresa SAKATA (Figura 4), do grupo SALADA, indeterminado. A coloração uniforme vermelho intenso e o sabor único tipo salada torna o tomate Sophia a escolha preferencial dos consumidores e valoriza o produto no mercado. É precoce (cerca de 10 dias em relação a outros cultivares) e não necessita de raleio das pencas. Alto rendimento associado à ótima classificação e coloração de frutos. Segurança na colheita em períodos chuvosos; resistente ao Fusarium raça 3.
Vigor médio de planta. Ciclo precoce. Entrenódios curtos. Peso médio de frutos entre 220 e 250 g. Alto pegamento e uniformidade de frutos. Alto nível de resistência a manchas e rachaduras nos frutos. O cultivar apresenta excelente produtividade, além da ótima qualidade de fruto, os frutos graúdos com firmeza, o peso padrão de mercado e a ótima coloração. Resistencia à Vd raça 1; Fol raças 1, 2 e 3; ToMV estirpe Tm1.

 Códigos de resistência

Na tabela abaixo é descrito o agente etiológico, nome e código das doenças.

Agente etiológico
Nome da doença
Código
Meloidogyne incognita
Nematoide
Mi
Meloidogyne javanica
Nematoide
Mj
Fusarium oxysporum f.sp. radicis-lycopersici
Coroa de Fusário e podridão radicular
For
Tomato mosaic tobamovirus
Vírus do Mosaico do Tomate
ToMV
Tomato mosaic tobamovirus Estirpe 1
Vírus do Mosaico do Tomate
ToMV Tm 1
Tomato yellow leaf curl begomovirus
Geminivirus
TYLCV
Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici race 1, 2
Murcha de Fusário raça 1 e 2
Fol 0, 1
Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici race 1, 2 e 3
Murcha de Fusário raça 1 e 2
Fol 0, 1, 2
Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici
Murcha de Fusário
Fol
Verticillium albo-atrum
Murcha de Verticilio
Va
Tobacco mosaic tobamovirus
Vírus do Mosaico do Tabaco
TMV
Verticillium dahliae
Murcha de Verticilio
Vd
Verticillium dahliae race 1
Murcha de Verticilio
Vd 1