segunda-feira, 25 de maio de 2015

Pragas do Tomateiro

Broca pequena do fruto ou Broca pequena do tomateiro

Nome científico (Neoleucinodes elegantalis L.)
Descrição e Biologia
Ovo Os ovos são brancos e de número variável, podendo ser 3 por fruto, em média. São depositados junto ao cálice ou sobre as sépalas. A fase de ovo tem duração de 5 a 6 dias.
Lagarta As lagartas completamente desenvolvidas, medem cerca de  11 a 13 mm de comprimento apresentando coloração rosada uniforme, com o primeiro segmento torácico amarelado. Após nascerem procuram penetrar no fruto através de sua película. O orifício feito para sua penetração é quase imperceptível e posteriormente desaparece devido ao deslocamento da polpa atacada.
Pupa Terminado o período larval (após 18 dias em média) a lagarta abandona o fruto e passa a pupa nas proximidades do solo, nos detritos existentes em torno da planta, confeccionando o casulo. Após cerca de 17 dias, emerge o adulto.
Adulto O adulto é uma mariposa de cerca de 25 mm de envergadura e coloração branca. As asas são transparentes, as anteriores possuem uma mancha cor de tijolo e as posteriores, pequenas manchas marrons. O tempo de vida do adulto é de cerca de 6 dias e é a fase que resiste a temperaturas mais baixas (até 8,5ºC).

Danos e Prejuízos
A broca-pequena-do-tomate ataca solanáceas, particularmente tomate, berinjela e pimentão. O ataque da praga começa quando as fêmeas fertilizadas colocam seus ovos nas bases dos frutos, precisamente debaixo do cálice da flor. Ao eclodir os ovos, as larvas imediatamente perfuram o fruto, deixando uma cicatriz de entrada, mediante a qual se reconhece que o fruto está atacado pela praga. A larva permanece alimentando-se dentro do fruto e quando se aproxima da fase de pupa,  sai empupando no solo, deixando no local uma ferida que permitirá a entrada de microorganismos patógenos no fruto. No Brasil a broca-pequena é responsável por uma perda média de 45% da produção nacional, chegando a atingir 100% em algumas regiões. As figuras abaixo mostram os prejuízos causados pela praga.







Distúrbios no Tomateiro

Podridão Estilar ou "Fundo-Preto"

      Distúrbio que ocorre pelo sintoma característico da deficiência de cálcio. Se inicia com a flacidez dos tecidos da extremidade dos frutos, que evolui para uma necrose deprimida, seca e negra como mostra a figura abaixo

Em condições em que ocorre períodos curtos de deficiência, principalmente quando ocorre mudanças bruscas de condições climáticas, observam-se tecidos necrosados no interior dos frutos, cujo sintoma é conhecido como coração preto, como mostra a figura abaixo.

Eventualmente verificam-se, em condições de campo, deformações das folhas novas e morte dos pontos de crescimento. 
      Geralmente, qualquer fator que diminua o suprimento de cálcio ou interfira na sua translocação para o fruto pode provocar deficiência. Assim, fatores como irregularidade no fornecimento de água, altos níveis de salinidade, uso de cultivares sensíveis, altos teores de nitrogênio, enxofre, magnésio, potássio, cloro e sódio na solução do solo, pH baixo, utilização de altas doses de adubos potássicos e nitrogenados, principalmente as fórmulas amoniacais, e altas taxas de crescimento e transpiração contribuem para o aparecimento do sintoma.
      Previne-se a deficiência de cálcio com a aplicação adequada de corretivos e com a adoção de um manejo eficiente da irrigação, evitando que a planta sofra estresse hídrico, principalmente nas fases de florescimento e crescimento dos frutos.
      Sob condições de falta de água, as plantas emitem mais raízes. Esse recurso biológico pode ser usado para regularizar a absorção de água e, consequentemente, promover um fornecimento de cálcio mais constante ao tomateiro. Na prática, promove-se após o desbaste ou após o pegamento das mudas (10 a 15 dias após o transplante), faz-se uma irrigação pesada (em torno de 25 mm) e somente se reinicia a irrigação depois de 5 a 7 dias, dependendo das condições climáticas e da drenagem do solo. Para evitar déficit excessivo de água, deve-se observar a turgescência das plantas, que não devem apresentar murcha nos períodos mais frescos do dia (período matutino).

Fonte: Sistema de Produção de Tomate. EMBRAPA. 2003